Mais uma feita menos uma com que me preocupar. E amanhã? Mais uma? Estou de rastos. O meu corpo começa a ressentir-se. A minha saúde mental também. Ah e tal, és Erasmus.
Bullshit(!)
E pronto... 415 páginas para amanhã. Mais 876 slides para sexta... E NÃO! Infelizmente não me ficarei por aqui.
Posso não perceber muito de política. Mas hoje dei um murro na mesa e disse BASTA! Eu vou fazer a diferença. E vou escolher quem me vai rodear. A dedo.
Não me preocuparei com carros blindados nem a quem escolho apertar a mão. Não me apoiarei em ideais políticos. Apoiar-me-ei naquilo de que sentimos falta, no que faz com que as pessoas não levantem o rabinho do sofá para ir votar. Farei a diferença. Não me proporei como um D. Sebastião ou como um Obama. Propor-me-ei como cidadã com o direito da palavra. Propor-me-ei como uma cidadã que ouve as pessoas. Propor-me-ei como alguém que quer realmente desenvolver o País. Um País no qual não acredito, mas quero acreditar. Um País feito de pessoas reais, com objectivos e necessidades reais. E tal como o meu curso, recheado de teoria, que não me prepara minimamente para o mercado de trabalho, não irei estudar as teorias. Irei pôr em prática uma estratégia de desenvolvimento: proposta, analisada e debatida por quem realmente quer a MUDANÇA. Irei ver quem realmente utiliza a abstenção como forma de protesto.
Um por um, das mais diversas áreas, irá ter a oportunidade de poder dizer o que está a falhar. o que faz falta, o que necessita. Irá ter a oportunidade de analisar, observar e sugerir. Propôr. Fazer. E aqueles em quem confio, os insatisfeitos, irão saber o que fazer, nas mais diversas áreas.
O meu curso só-para-dizer-que-tenho-um-canudo, acabará. E nesse dia, terei tempo para definir uma estratégia de mudança. Nesse dia, começarei a bater à porta das pessoas. E não aceitarei um NÃO como resposta. CHEGA! Chega mesmo de criticar e não fazer. Chega de criticar e não apresentar soluções, ideias ou nem sequer as tentar encontrar.
Quando me mudei para esta casa, tinha o pior colchão, a pior cama, o pior lugar. Hoje, continuo na pior cama e no pior lugar, MAS com o melhor colchão. Dei a escolher... o colchão ou o lugar. Apresentei argumentos válidos e duas hipóteses. A decisão foi tomada. E hoje, durmo confortável. Quem escolheu o lugar em deteriorimento do colchão, dormiu recentemente duas noites seguidas no chão "para ver se resolvia o problema de costas".
Quando se quer, consegue-se. Demore um pouco mais ou um pouco menos que o esperado. Mas para isso, há que parar, ver, escutar, analisar, perguntar, concluir e FAZER. Se não de uma maneira, de outra. Mas sem ferir os corações mais frágeis, sem ofender a integridade de quem quer que seja, sem dar hipótese a quem não faz, de criticar aquilo que alguém decidiu fazer. Querem melhor, FAÇAM-NO!
Hoje regresso à minha maratona depois de ontem ter atingido os 30, numa etapa que me valeu por duas!
Depois de um merecido mini-descanço, está na hora de apertar os atacadores e começar a correr novamente. Pegar no Moleskine "cor de caca" e estudar os apontamentos que andei durante duas semanas a fazer.
É certo que evolui muito como pessoa, aprendi muita coisa e experimentei tantas outras, mas não acho que tudo isso compense os três pontos acima referidos.
Estou no "seja o que Deus quiser". Continuarei a dar o melhor de mim até os exames acabarem. Aos que passar passei, óptimo. Aos que chumbar chumbei, lamentável. A minha vida não começou bem desde que fui gerada, e bem não tem continuado. Por isso se acabar mal acaba. Serei mais uma que veio para este mundo fazer não sei bem o quê.
Recuso-me a ouvir uma palavra que seja em relação a isto. Nem que "eu tinha razão, eu sempre soube", nem que "deixa lá, a vida continua e eu cá estou para te apoiar". Estou e sempre estive sozinha. É assim que me sinto.
Vou dar uma volta, chorar o que tenho a chorar, traçar uma estratégia para que tudo corra pelo melhor. Que é o que tenho vindo a fazer desde sei lá quando...
(Ah e tal que lamechas. Sou tudo o que me quiserem apelidar. Fraca, desistente, filmática e mais uns quantos adjectivos que possam achar caracterizar a minha pessoa. Estou a burrifar-me para quem pensa, quando pensa e o que pensa.)