sábado, 28 de fevereiro de 2009

Tia Babada

Já conheço o meu sobrinho. Já sei o cheiro dele. Identifico o choro dele. Já o tive nos meus braços. E ainda vou ter por mais uns dias(hoje e amanhã). Vou-me ausentar por uns dias e depois regresso. Por mais uns dias. Até me ausentar de novo. Por um período bastante grande. Tive pena de não acompanhar de perto a gravidez, tive pena de não o ver acabado de nascer. Vai-me custar estar longe dele. E do meu Pai, do meu irmão e da Mafalda. Mas a vida é assim. Nada é perfeito. Vou ter pena de não assistir de perto as evoluções do Afonso. Sei que me vão tentar manter "presente" o máximo possível.
Estes momentos que tenho vivido, ninguém me vai tirar. Aconteça o que acontecer, jamais me esquecerei do arrepio na espinha que tive (várias vezes) ao ver as enfermeiras a pegar no bebé. A minha estupfacção quando uma delas entrou no quarto, viu que ele estava a chorar e o levou... Durante um tempo que pareceu interminável. Coitadinho, tem cólicas... E sofre tanto. Uma pessoa sente-se impotente ao vê-lo a chorar e a sofrer. Não me esquecerei da sensação de ver o meu irmão com o filho nos abraços. Tanto amor e tanta ternura.... E do avô, meu pai, a aconchegar o neto na sua barriga.
O Afonso já está em casa. Já dormiu a sua primeira noite em casa. E eu vou-me despachar para ir ter com ele. Hoje jantamos todos. Vamos comemorar o nascimento do nosso querido Afonso. Duas garrafas de Whiskey vão ser abertas. A do Avô materno que guardava uma há muitos anos para uma ocasião especial e a do pai (meu irmão). Apesar de duas garrafas de Whiskey serem um exagero, tem toda a lógica que se abra as duas.
Tenho conseguido estar com os meus amigos. Mas tem sido complicado, demasiado complicado. Em Itália, o dia vai-se desenvolvedo. São poucas as combinações com antecedência. Na hora, no momento, fazem-se umas chamadas, manda-se umas mensagens e tudo acontece. Aqui é diferente. Tem de se combinar tudo com uma certa antecedência. O que por vezes não é bom, visto as combinações falharem um pouco. Sinceramente, obviamente que me custa quando falho um café ou um telefonema, mas uma coisa é certa... ao meu sobrinho, não falho! E ele é e será a minha prioridade!
vou-me vestir e vou ter com o meu "piccolo principe".

1 comentário:

Anónimo disse...

OLÁÁÁ!!!

Andas a escrever bem!

Consegues pôr "o sentir" e os sentimentos "na ponta da caneta"!

Para quando um livro?

Para quando o primeiro livro!?

Beijos do

"Dom Fã da Filha"